Nos ultimos tempos criou-se um consenso que o cinema brasileiro tem como assuntos principais apenas miséria, favela e as "comédias noveleiras", confesso que sempre concordei com esse assunto, Cidade de Deus é o único filme que se encaixa nesses 3 tipos que eu realmente gosto. Outro filme que me chamou muito a atenção e eu gostei foi O Homem Que Copiava, que eu assisti pela primeira vez na escola, ainda no Ensino Fundamental, mas ainda faltava alguma coisa nesse filme que eu não gostava, sei lá, tinha uns palavrões totalmente desnecessários, que não acrescentam em absolutamente em nada no filme.
Até que hoje, em uma imensa falta do que fazer, finalmente criei coragem e fui assistir Apenas o Fim e As Melhores Coisas do Mundo, filmes que eu já tinha ouvido falar muito bem, mas sempre tive "preguiça" de assistir.
O primeiro é o filme de estréia do diretor Matheus Souza e basicamente conta a história de um casal jovem de namorados estudantes de uma faculdade no Rio que termina um relacionamento relativamente longo, idéia que teve partida da mulher. O grande charme de "Apenas o Fim" são as inúmeras referencias nerds e da cultura pop contida dentro dele, há diversos flashbacks de conversas de cama no casal, assuntos que vão de Pokemon e Transformers até Britney Spears e Backstreet Boys, destaque para a zuada básica do protagonista em meninas que idolatram e procuram o amor verdadeiro em filmes como Diário de Uma Paixão e Um Amor Para Recordar hahaha. Problema do filme PRA MIM foi o momento em que vi o filme, sim, não dá pra entender, quem já viu 500 Com Ela vai entender, é a versão brasileira e mais humilde do filme.
Já "As Melhores Coisas do Mundo" é tudo que um adolescente gostaria de ver em um filme, coisas que realmente acontecem no cotidiano, como pressão pra perder a virgindade, cyberbullying, drogas, o bendito amor não correspondido e a enorme distancia que existe no relacionamento entre os pais e os filhos. A história é baseada nos contos sobre o adolescente Mano de Gilberto Dimenstein, livro inclusive que eu li durante o Ensino Fundamental. Curiosamente, dois atores do filme chamam a atenção, os sempre criticados Paulinho Vilhena e Fiuk aparecem respectivamente como o professor de violão e o irmão do protagonista e por pior que possam imaginar, os dois possuem ótima atuação, talvez o segundo tenha sido colocado lá como pura gozação, por se tratar de um jovem que acaba ter o seu relacionamento terminado e acaba se deprimindo bastante, levando-o inclusive a tentar o suicidio, mas o ator-cantor-filho de famoso se sai muito bem. Outra coisa, que eu pelo menos acho bizarro, nunca vi e deve ser muito tenso, é que o pai do Mano se separa da mulher e do nada vira homossexual, nem precisa dizer como o personagem vai ser "zuado" na escola depois né?! Mas esse filme tem seu problema tambem, outro que é totalmente relacionado a mim, acaba com um final feliz, onde tá esse final feliz que eu nunca encontrei na vida real?
Enfim, fica a dica.
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